Um estudo global publicado na última sexta-feira (25/7) pela revista JAMA Health Forum revelou que a vacinação contra a Covid-19 salvou aproximadamente 2,5 milhões de vidas em todo o mundo entre 2020 e 2024. A análise, conduzida por pesquisadores das universidades de Stanford (EUA) e de Roma (Itália), aponta que foram ganhos 15 milhões de anos de vida graças à imunização.
Segundo o levantamento, a cada 5.400 doses aplicadas, uma morte foi evitada, e a cada 900 doses, um ano de vida foi preservado. Os maiores beneficiados foram os idosos, que embora representem uma parcela menor da população global, responderam por 76% dos anos de vida poupados. Adultos entre 20 e 29 anos representaram apenas 0,07% das mortes evitadas.
O estudo mostrou ainda que 57% dos óbitos evitados ocorreram durante o período de predominância da variante Ômicron. A maioria das vidas salvas corresponde a pessoas que não haviam se infectado antes da vacinação.
Os autores também destacaram que os sintomas da doença evoluíram com o tempo. Atualmente, os sinais mais comuns se assemelham aos de uma gripe — coriza, tosse, dores de cabeça e garganta — com febre sendo menos comum em casos leves. Relatos recentes também apontam insônia e ansiedade como sintomas de variantes mais novas, como a JN.1.
Mesmo com uma abordagem considerada conservadora, a estimativa de mortes evitadas varia de 1,4 a 4 milhões, dependendo do modelo estatístico utilizado. Os pesquisadores alertam para os riscos da hesitação vacinal e ressaltam que imunizantes contra outras doenças, como sarampo e hepatite B, salvaram ainda mais vidas no mesmo período.
O estudo reforça a importância de focar campanhas futuras de vacinação em populações mais vulneráveis, especialmente os idosos que vivem em comunidades.
Fonte: JAMA Health Forum / Metrópoles
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