A vacinação contra mpox começa a ser aplicada nos estados brasileiros na próxima segunda-feira (13), voltada principalmente às pessoas imunossuprimidas, além de profissionais de laboratórios.
É este o grupo que tem apresentado as formas mais graves da doença, principalmente entre os mais jovens, de 18 a 49 anos, embora o número de infecções esteja atualmente controlado no país, de acordo com a médica Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.
A mpox é a doença que chegou a ficar conhecida como “varíola dos macacos” no ano passado.
“O maior risco de ter caso grave da doença, pessoas que internaram ou até morreram, se concentra na população jovem e imunossuprimida, particularmente as que vivem com HIV e Aids e que têm uma queda muito importante da proteção”, disse Raquel em entrevista à CNN.
Poderão ser vacinadas pessoas que apresentam status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior, um dos tipos de glóbulo branco responsáveis pela proteção do corpo, a 200 células nos últimos seis meses, de acordo com o Ministério da Saúde.
“É essa população, de 18 a 49 anos, que será convocada para a vacinação”, acrescentou a infectologista.
Raquel Stucchi: imunossuprimidos de até 49 anos são principal grupo de risco / Reprodução CNN
De acordo com ela, depois de um pico no Brasil entre junho e agosto do ano passado, o número de casos teve uma queda expressiva de setembro em diante e segue controlado até agora.
Ela também explica que a oferta de vacinas contra a doença é ainda recente e limitada no mundo, mas que as 46 mil doses disponibilizadas inicialmente no Brasil serão suficientes para atender com segurança este grupo de risco.
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