Um estudo da Universidade da Pensilvânia, onde a tecnologia de imunização por mRNA foi desenvolvida, concluiu que, após a vacinação com Moderna ou Pfizer/BioNTech, o sistema imunológico desenvolve uma memória de defesa que dispensa doses de reforço.
De acordo com o estudo, os anticorpos contra o coronavírus diminuem com o tempo, mas as vacinas geram memória imunológica durável contra a SARS-CoV-2 na forma de células B e T, que aumentaram ao longo do tempo e ajudam a impedir o agravamento da doença.
Os cientistas acompanharam 61 pessoas durante seis meses após receberem vacinas mRNA, feitas por Moderna e Pfizer/BioNTech. “Isso foi um pouco surpreendente. Embora a terceira dose possa reforçar os anticorpos e permitir um melhor bloqueio da SARS-CoV-2 por mais tempo, o corpo tem seu próprio sistema para se defender da covid-19, mesmo quando os níveis de anticorpos circulantes diminuem”, disse John Wherry, diretor do departamento de imunologia. As informações são do portal Bloomberg.
O estudo mostra que as células B de memória geradas pelas vacinas mRNA são aparentemente melhores para bloquear as variantes alfa, beta e delta do que as produzidas em resposta a um caso leve de covid-19.
Além disso, foram detectados seis meses após a vacina altos níveis de células T, um glóbulo branco capaz de encontrar e matar células infectadas com o vírus, o que representa “uma armadura adicional para nos proteger”, disse Wherry.
“Os backups imunológicos também diminuem a duração dos sintomas da covid, evitam agravamento e reduzem a probabilidade de transmitir SARS-CoV-2 a outras pessoas. Os vacinados realmente não estão alimentando o surto, os não vacinados estão fazendo isso. Então, é mais uma razão para se vacinar”, explicou o pesquisador.