Vale a pena reclamar? Por que expressar desconforto pode trabalhar contra você

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Pesquisas recentes mostram que reclamar em excesso pode causar mais prejuízos do que se imagina. Estudiosos de universidades renomadas ao redor do mundo têm analisado como a insatisfação verbal constante afeta o corpo, o cérebro e as relações sociais.

Estudos apontam que uma pessoa pode reclamar de 15 a até 48 vezes por dia, muitas vezes por hábito, reflexo ou frustração. Embora expressar insatisfação possa servir como catarse emocional, o excesso transforma essa prática em um problema. Reclamar constantemente pode reduzir a região do hipocampo — área cerebral ligada à memória e regulação emocional — e ainda aumentar os níveis de cortisol, hormônio do estresse, enfraquecendo o sistema imunológico.

A ciência mostra que esse comportamento pode se tornar automático: quanto mais se reclama, mais o cérebro se adapta e torna esse padrão mais recorrente. Além dos impactos mentais e físicos, há também consequências sociais. Muitos evitam conviver com quem reclama demais e estudos mostram que essas interações podem influenciar negativamente o humor das pessoas ao redor, graças à atuação dos chamados neurônios-espelho.

Contudo, nem toda reclamação é negativa. Quando feita com clareza e propósito, pode promover mudanças, alívio emocional e empatia. A chave está em transformar a queixa em ação construtiva ou crítica assertiva. Ter consciência dos próprios sentimentos, praticar gratidão, buscar soluções e limitar o tempo de reclamação são atitudes que ajudam a reduzir o hábito e melhorar o bem-estar.

📄 Fonte: G1 | 📚 Créditos da imagem e pesquisa: Biblioteca Nacional de Medicina, Universidade de Stanford, Universidade de Harvard, CDC dos EUA, Universidade de Columbia, Universidade da Carolina Ocidental, Universidade de Eindhoven, KU Leuven.

#saúdemental #comportamento #reclamação #emoções #neurociência #qualidadedevida #relacionamentos #psicologia

Encontre uma reportagem