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Valores a receber estão disponíveis para consulta no GOV.BR; veja o passo a passo

Por Dentro De Tudo:

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Milhões de pessoas podem ter valores a receber de contas bancárias desativadas, ou produtos financeiros que deram retorno. O que esses consumidores não sabem é que existe a oportunidade de resgatar a quantia, mas estão deixando o dinheiro esquecido. Um simples login no Gov pode resolver.

Valores a receber estão disponíveis para consulta no GOV.BR; veja o passo a passo (Imagem FDR)

No ano passado o Banco Central (BC) liberou para os consumidores uma ferramenta chamada de SVR (Sistema Valores a Receber). Por meio deste canal as pessoas físicas e jurídicas puderam consultar se havia algum dinheiro esquecido nos bancos e que até o momento não havia sido resgatado.

Devido a grande demanda de acessos no sistema, o portal caiu e foi posteriormente pausado. Em 7 de março deste ano o BC voltou a liberar as consultas e incluiu além das pessoas físicas e das empresas, o saldo que foi deixado por quem já faleceu. Neste caso o resgate é responsabilidade dos herdeiros.

Os dados do Banco Central que foram atualizados pela última vez em julho, mostram que R$ 4,7 bilhões haviam sido resgatados entre os meses de março até julho deste ano. As quantias foram divididas por faixas de valores, e partem de R$ 0,01 podendo ultrapassar R$ 1 mil.

A grande maioria dos que têm valores a receber, porém, têm até R$ 10,00 para ser sacado conforme informou o BC. São 62,74% com direito ao valor menor, e outros 1,77% com mais de R$ 1 mil para ser sacado.

Quem tem valores a receber no Banco Central?

Os valores a receber no Banco Central são relativos a saldos que foram deixados em contas corrente ou poupança desativadas, quantias que não foram resgatadas de seguros ou consórcios, ressarcimento de tarifas e taxas, entre outros.

Segundo o BC até julho ainda haviam 37,5 milhões com dinheiro esquecido, mas que não tinham solicitado o resgate do valor. A instituição também separou o número de beneficiários por faixas de valores a receber:

entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 28.825.415 beneficiários;
entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 11.610.437 beneficiários;
entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.691.484 beneficiários;
acima de R$ 1.000,01: 814.857 beneficiários.

No quantitativo de valores a receber, há R$ 7,3 bilhões para serem recebidos, divididos em:

R$ 5,85 bilhões para quase 37,5 milhões de CPFs;
R$ 1,44 bilhão para 2,9 milhões de CNPJs.

Como sacar os valores esquecidos?

Para resgatar os valores a receber o cidadão precisa ter login no Gov.br de nível prata ou ouro. Esse selo de verificação ajuda a aumentar o grau de confiança do perfil do brasileiro no portal do governo federal.

Será preciso incluir reconhecimento facial, anexo de novos documentos, e relação com outras senhas para conseguir subir o nível da sua conta. No caso dos brasileiros falecidos o login deve ser feito por um herdeiro ou dependente legal.

Para consultar o quanto há disponível e pedir pelo estorno do dinheiro basta:

Acesse o site do SVR do Banco Central;
Clique no link de “Consulte valores a receber”;
Informe: número do CPF ou CNPJ, data de nascimento, e o código de verificação que deve ser transcrito. Em seguida selecione “Consultar”;
Caso tenha dinheiro em seu nome, o portal vai pedir que seja feito login no Gov;
Informe número do CPF e senha de acesso no Gov;
O sistema vai mostrar as faixas de valores do dinheiro esquecido, e em quais instituições eles estão. Selecione a faixa deseja e escolha o resgate;
Confirme o número do CPF que será usado como chave PIX para transferência;
Pronto.

Atenção! O dinheiro será depositado na conta em que o CPF está cadastrado para PIX. 

Saque de dinheiro esquecido dos falecidos

Os herdeiros e dependentes que perceberem que há dinheiro esquecido de pessoas falecidas, podem solicitam o resgate do valor. O processo de consulta é com base no número de CPF do cidadão que já faleceu, apenas o login no Gov.br que deve ser feito em nome do herdeiro.

Neste caso o processo é mais longo, ao verificar as faixas de valores a serem recebidas em determinadas instituições, os herdeiros devem entrar em contato com a empresa em que o dinheiro ficou esquecido. Ao apresentar documentos de vínculo o dinheiro será liberado.

Lila Cunha

Lila Cunha é formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua como repórter especial para o portal FDR. É responsável por selecionar as informações abordadas e garantir o padrão de qualidade das notícias veiculadas. Além disso, trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional.

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