O uso de cigarros eletrônicos (vapes) tem crescido entre jovens brasileiros, mas longe de ser seguro. Estudos apontam que eles contêm nicotina em concentrações até três vezes maiores que o cigarro comum, além de metais pesados e químicos ligados a câncer, ansiedade e depressão.
O pneumologista Carlos Leonardo Pessôa, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, alerta que o vape não é apenas “um vaporzinho”: contém pelo menos 80 substâncias tóxicas que causam doenças respiratórias e dependência rápida. Ele compara o efeito à ingestão de veneno: pequenas doses já trazem danos significativos.
Além dos impactos físicos, o uso de vapes aumenta o risco de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, e serve como porta de entrada para o cigarro convencional. Pesquisas mostram que adolescentes que usam vape têm até 30 vezes mais chance de se tornarem fumantes.
O apelo aos jovens inclui design moderno, sabores artificiais e influência social de amigos. O tratamento para dependência envolve apoio químico (adesivos, gomas), terapias comportamentais e suporte psicológico, com serviços disponíveis no SUS ou via pneumologistas.
Especialistas recomendam campanhas de prevenção e engajamento de “influenciadores do bem” para conscientizar adolescentes sobre os riscos. A recomendação final é clara: não existe forma segura de consumir nicotina.
Fonte: g1 Bem-Estar
Foto: Diego Fedele/AAP Image via AP; Vape ilustrativo — Foto: Reprodução/Freepik