Até 2030, cerca de 1,5 mil patentes de medicamentos vão expirar, abrindo oportunidade para a produção de genéricos e similares ao menos 35% mais baratos. São remédios para 186 doenças, incluindo câncer, diabetes, antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios.
A indústria farmacêutica brasileira já se prepara, ampliando investimentos em pesquisa, laboratórios e cadeias de produção, com apoio de crédito do BNDES e Finep. O potencial é aumentar em 20% o mercado de genéricos, atualmente com 4,6 mil produtos, reduzindo custos para consumidores e para o SUS, que gasta cerca de R$ 20 bilhões por ano com medicamentos.
Empresas como Aché, Cimed, Teuto e Medley já iniciaram estudos e expansões para lançar novos genéricos assim que as patentes expirarem, incluindo medicamentos de alto custo, como tratamentos oncológicos e canetas de semaglutida para diabetes. Além disso, há discussões jurídicas sobre a tentativa de laboratórios de estender a validade de patentes, como no caso do Ozempic, cuja proteção vence em 2026.
O aumento da concorrência e da produção local também visa reduzir a dependência de importações e facilitar o acesso a medicamentos estratégicos para a saúde pública.
Crédito da foto: Divulgação / Laboratório do Aché em Guarulhos
Fonte da matéria: G1