A tecnologia dos drones segue transformando o dia a dia das cidades e já chegou à capital mineira com uma função inusitada: lavar fachadas de prédios. O serviço, que até pouco tempo atrás exigia profissionais suspensos por cordas e equipamentos de rapel, agora é realizado por aeronaves não tripuladas, garantindo mais agilidade e segurança. Minas Gerais é o terceiro estado do país a receber a novidade, já disponível em São Paulo e Santa Catarina.
O empresário Fabiano Monteiro, de 47 anos, é o responsável por trazer o serviço pioneiro a Belo Horizonte. Ex-socorrista do Samu, ele fundou a empresa AGF em 2005 e explica que o drone utiliza produtos desengraxantes, sabão e jatos potentes de água de alta pressão para fazer a limpeza das fachadas.
“Antes, esse tipo de trabalho só podia ser feito com o uso de rapel e envolvia riscos significativos para os trabalhadores. Hoje, os drones reduzem o tempo do serviço em até 70% e eliminam o perigo de alguém ficar pendurado no alto de um prédio. Esse é o grande objetivo da tecnologia: eficiência e segurança”, afirmou Monteiro em entrevista à Rádio Itatiaia.
O equipamento, que pesa menos de 10 quilos e mede cerca de 81 x 67 cm, é de classe três, possui sensores anticolisão e sistema de retorno automático em caso de falha. Ele opera conectado a uma mangueira de alta pressão de mais de 150 metros, capaz de atingir edifícios de até 30 andares.
Segundo Monteiro, o custo do serviço é menor do que o método tradicional, variando conforme o tamanho e a complexidade da área a ser limpa. Além da economia, o uso do drone representa um avanço tecnológico importante no setor de manutenção predial, unindo inovação, sustentabilidade e segurança.
Foto: Reprodução / Itatiaia
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