O movimento de mulheres vítimas da violência sexual vem crescendo nas redes sociais. Mas a Polícia Civil de Minas Gerais alerta que, para chegar a esses criminosos, as mulheres precisam ficar atentas com a maneira de denunciar os abusos.
Além de reunir os relatos de abusos sexuais, a internet também virou o espaço de compartilhamento de listas com nomes de supostos abusadores. Em Pedro Leopoldo, a Polícia Civil está investigando uma dessas listas. O problema é que a exposição dos nomes pode ter efeito contrário.
Nas listas que foram divulgadas, também em outras cidades da Região Metropolitana de BH, os nomes de cada abusador, aparecem com um sinal, que identifica o crime dos quais são acusados. Estupro, agressão física, agressão verbal e psicológica são algumas das acusações. Mas a Polícia reforça que nem sempre este é o melhor caminho, já que não se inicia uma investigação sem ter ciência de um suposto autor.
“As meninas podem ser prejudicadas com essa divulgação e isso pode atrapalhar o andamento de alguma investigação”, ressaltou Renata Ribeiro, delegada da delegacia especializada de proteção à criança e ao adolescente.
O objetivo é alertar outras mulheres de um jeito mais rápido e que alcance mais gente, mas a polícia reforça que as denúncias precisam romper os limites da internet. Ir a delegacia é fundamental. “Não pode ficar nas redes sociais. Tem que fazer a denúncia, mesmo que a vítima não se sinta segura”, finalizou a delegada.
