A rouquidão, conhecida tecnicamente como disfonia, pode ser apenas um sintoma passageiro, mas quando persiste, merece avaliação de um especialista. A otorrinolaringologista Dra. Danielle Aguiar, do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, explica que alterações na voz podem sinalizar desde problemas simples até doenças graves, incluindo câncer de laringe.
Segundo a especialista, é normal que a voz fique alterada após gripes, esforços vocais ou sinusite, e a recuperação costuma ocorrer em poucos dias com descanso e hidratação. No entanto, quando a rouquidão se prolonga por mais de duas semanas ou vem acompanhada de dor, tosse persistente ou dificuldade para respirar, é sinal de alerta.
Entre as causas mais comuns estão o abuso vocal, fatores ambientais, tabagismo, álcool, alergias, refluxo e alterações hormonais. Crianças e profissionais que usam a voz intensamente, como professores e cantores, também estão mais propensos a desenvolver nódulos vocais, pólipos ou cistos.
O exame indicado para investigação é a nasofaringolaringoscopia, que permite avaliar nariz, faringe e laringe, identificando possíveis alterações orgânicas. O tratamento depende da causa, podendo incluir fonoterapia, acompanhamento médico e, em casos graves, cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
Dra. Danielle reforça a importância de cuidados preventivos: manter hidratação adequada, evitar esforço vocal excessivo e buscar orientação com fonoaudiólogo para aprender técnicas corretas de respiração e voz.
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