Um detento de 46 anos escapou da execução por injeção letal apenas minutos antes de ser levado à sala de execução, após receber clemência do governo de Oklahoma, nos Estados Unidos. O caso ocorreu na quinta-feira (13) e ganhou repercussão internacional.
A decisão foi tomada pelo governador Kevin Stitt, que aceitou a recomendação da Junta de Indultos e Liberdade Condicional, que, por 3 votos a 2, sugeriu a conversão da pena de morte para prisão perpétua sem direito a novos pedidos de perdão ou liberdade condicional.
O condenado, Tremane Wood, já havia realizado sua última refeição quando agentes penitenciários foram até sua cela comunicar a mudança inesperada. Segundo a defesa, ao ouvir a notícia, Wood caiu no chão, emocionado e agradecido.
Oklahoma é um dos 27 estados americanos que ainda aplicam a pena de morte. Desde 1976, mais de 1,6 mil pessoas foram executadas no país, de acordo com o Death Penalty Information Center.
O caso
Wood foi condenado por participação no assassinato de um jovem de 19 anos durante uma tentativa de roubo em 2002. Ele sempre alegou não ter sido o autor do esfaqueamento, atribuindo o crime ao irmão, que se suicidou anos depois enquanto cumpria prisão perpétua.
A decisão do governador ocorre após anos de questionamentos sobre a sentença. A defesa afirmou que o réu teve atendimento jurídico inadequado, apontou supostas falhas na investigação e acusou promotores de terem ocultado acordos com testemunhas. Wood admitiu ter participado do roubo, mas negou ser o responsável pela morte.
A Procuradoria-Geral de Oklahoma criticou a medida, mas reconheceu que a prerrogativa final cabe ao governador. Familiares da vítima disseram esperar que a decisão traga algum alívio após mais de duas décadas de processo.
Crédito da matéria: g1 – Redação
Crédito das fotos: Associated Press / Reprodução




















