Médico mantém paciente em cárcere privado, por um mês, após complicações em cirurgia

Por Dentro De Tudo:

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Um médico é acusado de manter uma paciente em cárcere privado por mais de um mês, em um hospital do Rio de Janeiro, após complicações em um procedimento estético. O cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva foi preso no centro cirúrgico do Hospital Particular Santa Branca, em Duque de Caxias (RJ).

Segundo o Jornal Nacional, o médico é suspeito de manter a paciente em cárcere privado dentro do hospital por mais de um mês. De acordo com familiares da vítima, a mulher de 35 anos está em estado grave por conta de complicações em uma cirurgia estética no abdômen realizada pelo médico. O profissional impediu a transferência dela para outro local, mesmo após diversos pedidos.

Medo de morrer

Os investigadores conseguiram falar com a mulher por telefone na última sexta-feira (15) e contaram que a paciente estava desesperada. Segundo os policiais, ela pediu para ser levada do hospital com medo de morrer. No momento em que ela foi encontrada, os agentes perceberam que o estado de saúde era grave.

A Justiça determinou a prisão temporária do médico e a suspensão do registro profissional do acusado no Conselho Regional de Medicina.

A ordem judicial também determina a condução coercitiva de dois assistentes de Bolivar, dois funcionários e do diretor clínico do Hospital Santa Branca.

Dor e angústia

A paciente ainda está no hospital e aguarda para saber como será cumprida a decisão liminar que ordena a transferência. Ao telejornal, por telefone, a mulher disse que o médico só iria transferi-la se ela assinasse um termo de responsabilidade. “Não tinha como ele me transferir para outro hospital, outro hospital não iria cuidar de mim do jeito que ele ia me cuidar”.

A mulher ainda disse que se sentiu presa. “Sim, sim. Meu sentimento é de apavoramento, de dor, de angústia, de querer ir embora, de querer sair daqui, de querer ter liberdade”.

Segundo a Globo, o Hospital Santa Branca disse que as acusações são “infundadas e absurdas” e que “repudia as práticas criminosas que foram atribuídas ao hospital”. O Conselho Regional de Medicina do Rio abriu sindicância para apuração do caso. A defesa do médico foi procurada, mas não retornou.

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