O ano começou mais caro para o motorista que mora na região metropolitana de Belo Horizonte. Houve aumentos de até R$ 1, desde o final de semana, no valor da gasolina em BH, Contagem e Pedro Leopoldo. Em casos pontuais, ela se aproxima de R$ 6.
A alta ocorre mesmo após o presidente Lula (PT) garantir que manterá os impostos federais sobre a gasolina e o etanol zerados por pelo menos mais dois meses e sobre o diesel, por um ano. Sem essa medida, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo (Minaspetro) avalia que haveria aumentos de R$ 1, R$ 0,50 e R$ 0,40 no litro da gasolina, do etanol e do diesel, respectivamente.
No final da manhã desta segunda-feira (2), o governo Lula publicou a Medida Provisória (MP) que mantém a desoneração dos combustíveis oficialmente e ela já está valendo.
Poucas horas antes, o Minaspetro justificou, em nota, que a medida anunciada por Lula não havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) até então, por isso postos que compraram combustível a partir de domingo (1º) adquiriram o produto com impostos federais. “Diante desse aumento de tributos, em sequência à perceptível alta do final de ano em função de repasse das distribuidoras pelo aumento da demanda, já observa-se postos carregados com estoques mais caros, estoques esses que podem durar por alguns dias”, disse o sindicato. Ele também ressaltou que os impostos não são recolhidos pelos próprios postos, por isso os preços só ficarão mais baratos na bomba quando as distribuidoras deixarem de repassar os valores referentes à tributação.
Consumidores encontram combustível mais caro e reclamam de postos
Entre os dias 20 e 23 de dezembro, a média de preço da gasolina em BH e região era de R$ 4,79 e a do etanol, R$ 3,80, segundo o levantamento mais recente do site de pesquisa Mercado Mineiro. Desde então, a Petrobras não efetuou aumentos — mas o aquecimento da demanda pressionou os valores, de acordo com o Minaspetro. Motoristas têm notado altas nos postos nos últimos dias e reclamam da variação.
Além de gastar mais com a gasolina, o consumidor que deseja economizar consome combustível para pesquisar ao redor da cidade. “Essa falta de equidade faz com que a gente, que é consumidor, perca dinheiro. A diferença de preços está de quase R$ 0,50 e a gente tem que procurar, ou paga caro sem saber”, conclui.
Fonte: O Tempo.