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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

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Ocupação de leitos para pacientes com Covid se aproxima do limite em BH e Região Metropolitana

Por Dentro De Tudo:

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A ocupação de leitos destinados a pacientes com Covid-19 está cada vez mais próxima do limite em Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana. Em meio à explosão de novos casos da doença, o esforço para a abertura de novos leitos não acompanha a demanda por internações.

Em Belo Horizonte, mais de 90 leitos de UTI foram abertos no Sistema Único de Saúde nos últimos dias, mas, ainda assim, a taxa de ocupação não para de subir. Há duas semanas, no dia 26 de fevereiro, estava em 70,1%. Nesta sexta-feira (12), chegou a 89,2%.

Hospitais de referência para o tratamento da Covid-19, como o Eduardo de Menezes e o Júlia Kubitschek, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), já atingiram a saturação. Ambos chegaram a 100% de ocupação de UTI nesta sexta-feira.

Na saúde suplementar, que inclui hospitais particulares e filantrópicos, a situação é ainda mais grave: 95,4% dos leitos estão ocupados. No dia 26 de fevereiro, a taxa era de 64,9%.

A Unimed, maior rede de saúde particular da Grande BH, abriu novos leitos, mas a taxa de ocupação permanece alta, na casa dos 95%.

“O que nós assistimos nos últimos dias é uma transformação, como salas de observação do bloco cirúrgico transformadas em CTI. Isso fez com que tenhamos conseguido absorver a demanda adicional. Mas, se os números continuarem crescendo ao longo dos próximos dias, a capacidade vai se esgotar”, afirma o diretor da Unimed-BH, José Augusto Ferreira.

A exaustão e falta de profissionais da saúde, após um ano de pandemia, também é um desafio para a ampliação de leitos.

O médico intensivista Cristiano Pinheiro, que trabalha em três hospitais, chega a ficar 48 horas sem dormir para dar conta de atender os pacientes.

“Você não consegue raciocinar tão bem, não consegue se doar ao seu paciente da forma que deveria. Infelizmente, estamos vivendo um estado de guerra. Nós, profissionais da saúde, estamos chegando ao esgotamento da saúde física e mental, e isso é muito perigoso”, diz o médico.

Pacientes que precisam de atendimento já enfrentam dificuldades. O vendedor Rogério de Oliveira, esperou por horas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha neste sábado (13).

“Eu estou passando mal desde ontem (sexta-feira). Ontem não vim porque estava muito cheio, e hoje vim pela manhã e estou aqui até agora. Até desmaiar eu já desmaiei”, contou.

O diretor da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva, Leandro Braz de Carvalho, destaca que a contribuição da população, com a adoção de medidas preventivas contra o coronavírus, é mais fundamental do que nunca.

“Nós vamos passar por duas ou três semanas muito difíceis de serviços de saúde estrangulados, de falta de atendimento para pacientes que podem precisar de atendimento até para outras condições que não sejam Covid”, pontua.

Região Metropolitana

Na Grande BH, as dificuldades se repetem. Em Ribeirão das Neves, a taxa de ocupação de leitos no de UTI e de enfermaria chegou a 90% nesta sexta-feira.

Em Contagem, 90% dos leitos de terapia intensiva exclusivos para Covid-19 também estavam ocupados nesta sexta. A ocupação de leitos de enfermaria chegou a 78%.

Em Betim, todos os leitos de enfermaria para a doença estavam ocupados na última quinta-feira (11), e apenas três dos 76 leitos de UTI ativos estavam disponíveis.

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