As internações de crianças por doenças respiratórias registraram alta de 17% em Minas Gerais nos meses de março e abril. Ao todo, foram 24.805 hospitalizações. No mesmo período do ano passado, 20.665 crianças precisaram ser internadas por complicações respiratórias.
Com a chegada do inverno, a preocupação com essas doenças aumenta e os pais e responsáveis devem ficar mais atentos com os cuidados preventivos para evitar infecções respiratórias.
Relatos de pais e mães mostram que os hospitais estão lotados neste começo de inverno.
Apesar do aumento das internações em março e abril, quando historicamente ocorre uma alta expressiva nos casos de doenças respiratórias, Minas não vive um cenário de pressão no sistema de saúde, como ocorreu no ano passado.
O secretário de saúde de Minas, Fábio Baccheretti, explica que o cenário atual, que está sob controle, se deve ao planejamento com base nas previsões que já indicavam o aumento das doenças respiratórias em 2023.
“Vieram mais forte esse ano porque era a nossa expectativa olhando outros países do Hemisfério Norte, porque tínhamos além do vírus respiratório, que é um vírus sem vacina e que gera muita internação, temos a influenza que vem crescendo agora e temos a Covid-19. Abrimos leitos de terapia intensiva pediátrico em Governador Valadares, por exemplo, que não havia há um pouco mais de um ano nenhum leito de UTI pediátrico e hoje tem 20 leitos.”
Conforme informações da Secretaria de Saúde de Minas, desde novembro do ano passado o repasse mensal destinado ao custeio das UPAs do estado foi de R$ 19.378.000 milhões. O valor é quatro vezes maior que a média histórica e o dinheiro também pode ser usado na contratação de médicos pediatras.
Dados do Conselho Nacional de Estabelecimentos de Saúde mostram que de dezembro até maio deste ano, a rede SUS de Minas Gerais ganhou 69 novos. Em dezembro do ano passado eram 4.788 profissionais, número esse superado em maio com o total de 4.857 médicos pediatras.
Fonte: Itatiaia.
