A barbárie contra a jovem de 22 anos abandonada inconsciente na frente de casa e depois estuprada reforça que o combate aos crimes sexuais ainda desafia as forças de segurança mineiras. Somente no primeiro semestre deste ano, 202 mulheres e crianças incapazes de oferecer resistência aos agressores foram abusadas em Belo Horizonte. A média é de mais de um caso por dia, o que dá dimensão do problema.
O número de vítimas disparou quase 40% na comparação com o mesmo período do ano passado, com 145 registros. As estatísticas levam em conta os chamados estupros de vulnerável – quando o ato de covardia é praticado contra menor de 14 anos, pessoa com deficiência ou alcoolizada. A pena prevista para quem for condenado pode variar de oito a 15 anos de prisão.
O suspeito de estuprar a jovem no bairro Santo André, na região Noroeste de BH, está preso. Imagens de câmeras de segurança mostram o homem de 47 anos colocando a mulher nos ombros e a levando até um campo de futebol, onde teria ocorrido o crime. Pelos cálculos da polícia, ele teria ficado com a vítima por cerca de três horas.
Morador da região, ele foi identificado pelos próprios vizinhos nas câmeras de segurança. Militares localizaram o suspeito na casa da mãe. À PM, ele disse que passou pela rua, encontrou a vítima caída e decidiu carregá-la até um local seguro. O homem negou o estupro.
No entanto, a jovem foi levada ao pronto atendimento do hospital municipal Odilon Behrens, onde foi constatada a violência sexual. A equipe médica colheu material biológico e encaminhou à Polícia Civil, que investiga o caso.
Como pedir ajuda
Mulheres vítimas de estupros devem procurar a Polícia Militar, por meio do 190. Outra opção é ir até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, na avenida Barbacena, 288, Barro Preto. A Defensoria Pública também pode ajudar. Lá, o telefone é o 3526-0500.
Fonte: Hoje em Dia.
