A defesa do piloto responsável pelo voo em que morreu a cantora Marília Mendonça contestou o resultado do inquérito da Polícia Civil que atribui a responsabilidade da queda aos comandantes.
Por meio de nota, a defesa afirma que as conclusões da polícia não têm fundamento nas provas do inquérito e são até injuriosas com a imagem do piloto e do copiloto.
“Este acidente ocorreu porque a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) instalou a rede de alta tensão na reta final do aeródromo e na altitude do tráfego padrão, que é de 1000 pés, cujo aeródromo não tinha Carta Visual de Aproximação”, diz o documento.
Para fundamentar a tese, o advogado cita três fatores. Segundo ele, se tudo isto tivesse sido feito anteriormente, o acidente ‘não teria ocorrido’.
A Cemig, seguindo recomendação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sinalizou a linha em 01 de setembro de 2023;- O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) fez a Carta de Aproximação Visual;
- O Decea elevou a altitude do tráfego padrão de 1000 pés, para 1350 pés, uma vez que a altitude do tráfego padrão era a mesma da linha de transmissão.
A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com a Cemig, o Cenipa e o Decea mas não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria.
Relembre o caso
Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira. Todos foram vítimas de politraumatismo.
O acidente ocorreu em 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga. O avião estava em situação regular. A aeronave decolou de Goiânia (GO). Os tripulantes seguiam em direção a Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.
* Estagiária sob supervisão de Angel Drumond
Fonte: Hoje em Dia.
