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terça-feira, 1 de outubro de 2024

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Nudes e pornôs fake criados por Inteligência Artificial são nova ameaça

Por Dentro De Tudo:

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Imagine abrir o WhatsApp e se deparar com uma foto sua totalmente sem roupa circulando nas redes sociais. O rosto é seu, o cenário é real, mas o nude é fake. Não é preciso nem passar por isso para imaginar o desespero das vítimas e as consequências sociais e emocionais para elas. Sites de pornografia fake têm sido alimentados por criminosos dentro e fora do Brasil, e qualquer pessoa pode ser alvo, já que o autor precisa de uma única foto de perfil da vítima para manipular a imagem – e a vida das pessoas. Com a popularização dessa tecnologia, os casos de nudes e pornôs fake estão chegando às escolas, e a ameaça cresce.

No último dia 6, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que pelo menos dez alunas de uma tradicional escola particular de Belo Horizonte foram vítimas do golpe do falso nude. Elas tiveram falsas fotos íntimas divulgadas por um aluno do colégio como se fossem reais, mas, na verdade, eram montagens “perfeitas”, feitas por inteligência artificial. O mesmo aconteceu recentemente com a atriz mineira Isis Valverde e com outras dezenas de adolescentes em uma escola do Rio de Janeiro (RJ) e também do Recife (PE).

As edições de fotos e vídeos podem ser feitas em um simples aplicativo de celular, e o autor não precisa ser profissional para saber usá-lo. Após a montagem, basta um clique para fotos ou vídeos caírem na rede e serem compartilhados por milhares de pessoas, o que é ilegal e pode ser rastreado pela polícia.

Para tentar bloquear esse tipo de ação, um projeto de lei do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) tenta tipificar o crime no Brasil, e, em Minas, a Polícia Civil tem divulgado medidas de segurança.

Segundo o delegado Leonardo Borges da Mota, da Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernético de BH, os pornôs e nudes fake não são novidade, a diferença agora é que as ferramentas estão mais acessíveis e refinadas, sem que haja uma legislação para disciplinar o uso. “Quando é uma montagem feita de um modo mais rudimentar, é mais perceptível que é montagem. O problema dessa inteligência artificial é que a gente não consegue saber o que é verdade e o que não é”, aponta.

A psicóloga Samantha Alves ressalta que os danos psicológicos às vítimas são os mesmos de ter imagens íntimas reais sendo expostas. Mesmo que racionalmente se saiba que é uma fabricação, não é assim que a vítima se sente. Segundo Samantha, a pessoa pode desenvolver depressão, fobia, entre outros transtornos que podem levar até ao autoextermínio.

Fonte: O Tempo.

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