Vereadores de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, desistem de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia apurar o envolvimento do secretário municipal de Saúde, Gilson Urbano, no esquema de fura-filas na vacinação contra covid-19.
Quando a denúncia foi feita, em uma reunião ordinária no dia 15 do mês passado, os vereadores chegaram a cogitar, além da instauração da CPI, o afastamento do secretário, porém essas medidas não foram levadas à frente. O Ministério Público investiga o caso.
O vereador Leonardo Daher explica porque a CPI não será instaurada. “Foi convidado o secretário a participar de uma reunião e a gente notou uma manobra na reunião de defesa do secretário, alguma coisa armada entre as perguntas e as respostas. Tendo isso em vista, a gente optou por tirar o pedido de CPI e encaminhar a documentação para o Ministério Público, porque por composição partidária a CPI seria conduzida pela base do prefeito.”
Conforme denúncia, pelo menos 150 pessoas vacinaram antes da data determinada pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Entre os profissionais estão arquitetos, vigias e pessoas que trabalham em home office.
Em nota, a Prefeitura de Lagoa Santa afirma que está à disposição dos órgãos de controle para prestar os devidos esclarecimentos sempre primando pela transparência em todas as suas ações, esclarecendo toda e qualquer dúvida em relação a vacinação contra covid-19, bem como em relação às demais ações de combate a pandemia.
Ainda segundo a nota, a sindicância instaurada pelo prefeito, no dia 21 de junho, também contribuirá para o esclarecimento dos fatos.