A secretaria estadual de Saúde de Minas Gerais confirmou que o estado registrou quatro casos de febre oropouche. De acordo com a pasta, os dois últimos casos ocorreram em Ipatinga, no Vale do Aço. Os outros foram registrados nas cidades de Gonzaga e Congonhas.
A doença está presnete em quatro países da América do Sul: Bolívia, Brasil, Colômbia e Peru. A maior parte dos casos teve como local provável de infecção os estados do norte do país.
O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Eduardo Prosdocimi, disse que casos do arbovírus cresceram ao longo de 2024. E, por isso, o estado começou a realizar os exames para identificar a febre oropouche.
“Estamos ampliando a vigilância laboratorial, ou seja, a capacidade de realização de exames de arboviroses, para entender quais arbovírus circulam em nosso estado. Isso é importante porque é um agravo que tem sintomas muito semelhantes à dengue e chikungunya e consideramos fundamental entregar essa informação correta ao paciente e à equipe de saúde, para que seja realizado o manejo adequado”, destaca.
O que é a febre oropouche?
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus. O vírus oropouche (Orov) é endêmico da Amazônia e vem registrando surtos no Brasil desde a década de 1970. A infecção pelo oropouche causa sintomas semelhantes aos da dengue, podendo também causar encefalite.
No estado do Amazonas, onde a doença tem sido mais prevalente nos últimos anos, o aumento da transmissão nos dois primeiros meses de 2024 gerou um alerta epidemiológico. São 1.674 casos com confirmação laboratorial, conforme o último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) nesta quinta-feira (29). O número representa mais do que o total registrado no ano passado, quando a pasta contabilizou 995 ocorrências.
Os primeiros registros do atual surto de oropouche no Brasil foram feitos em 2022 pelo Laboratório Central de Roraima. Na sequência, vieram registros no Amazonas, em Rondônia e no Acre. Nos últimos 70 anos, pelo menos 30 surtos humanos foram relatados em países latino-americanos (Peru, Colômbia, Guiana Francesa e Panamá).
Sintomas e tratamento
Os sintomas da febre oropouche duram geralmente entre dois e sete dias e são semelhantes aos da dengue.
Os sinais incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas e nas articulações, podendo ainda ocorrer tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos. Em alguns casos, há também ocorrência de encefalite.
Não existe tratamento específico, mas o paciente deve permanecer em repouso e ter acompanhamento médico. Podem ser prescritos analgésicos e antitérmicos comuns para aliviar os sintomas.
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