A Secretaria da Saúde do Distrito Federal confirmou na tarde desta quinta-feira, 2, dois casos da Ômicron em Brasília. Com isso, sobe para 5 o número de casos confirmados da nova cepa em território nacional.
As duas novas pessoas que foram identificadas com a cepa estavam em um voo que veio da África do Sul, passou pela Etiópia e aterrissou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo no sábado, 27 de novembro. De Guarulhos, os dois passageiros seguiram para Brasília.
Os passageiros que estavam nesse mesmo voo que seguiu para capital federal estão sendo monitorados.
De acordo com o secretário de saúde do DF, o general Manoel Pafiadache, um dos infectados está com sintomas e o outro, assintomático.
Os outros três casos da variante Ômicron foram confirmados em São Paulo. Os primeiros passageiros identificados com a cepa foram um homem de 41 anos e uma mulher de 37, que vieram da África do Sul. Eles desembarcaram no Brasil no dia 23.
Já o terceiro caso trata-se de um passageiro vindo da Etiópia que chegou no último sábado, 27, em Guarulhos, onde está isolado.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em coletiva que ainda não é o momento para um “fechamento total”.
“Não podemos sair de uma situação libertária de festas, Réveillon e Carnaval para uma situação de fechamento total da nossa economia, porque as consequências nós não sabemos. Até porque não há motivo para isso. O que há é a notificação da variante, tem mutações, mas o grau de impacto na saúde de cada um nós não sabemos”.
Variante com 50 mutações
A quantidade de mutações apresentadas pela Ômicron é o que causa preocupação. Algumas delas nunca tinham sido observadas em cepas anteriores.
Das 50 alterações genéticas totais, 32 se localizam na proteína spike, uma parte do vírus que se liga a célula humana para iniciar a infecção.
Essas mutações podem indicar uma capacidade de transmissão bem mais elevada em relação às outras cepas. Porém ainda não dá se a nova cepa afeta ou não a eficácia das vacinas.