Os incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia, considerados os piores em quase duas décadas, fizeram as emissões de carbono no Brasil dispararem em 2024, segundo dados do Observatório Copernicus da União Europeia. Até 19 de setembro, as queimadas já liberaram 183 megatoneladas de carbono, superando a média anual de 161,6 megatoneladas. Esse número coloca o país a caminho de atingir níveis semelhantes aos do recorde de 2007, quando 362 megatoneladas foram registradas.
Os estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul são os mais afetados, com emissões anuais de 28 e 15 megatoneladas, respectivamente, o que já representa os maiores valores nos últimos 22 anos de monitoramento. As altas temperaturas e a seca prolongada também contribuíram para a propagação dos incêndios.
Além de aumentar as emissões de gases de efeito estufa, as queimadas têm afetado a qualidade do ar em regiões distantes dos focos de incêndio, com o transporte de fumaça chegando até o Oceano Atlântico. Cientistas alertam para o impacto a longo prazo na degradação das florestas e suas consequências nas emissões de CO2.
Foto: Mayke Toscano/Secom-MT
