Atualmente, mais de 77 mil mulheres aguardam por mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS), com Santa Catarina liderando a fila com cerca de 17 mil pacientes. São Paulo e Rio de Janeiro seguem em segundo e terceiro lugares, respectivamente, somando 56% do total de mulheres à espera desse exame crucial para a detecção precoce do câncer de mama.
O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) informou que, em algumas regiões, o tempo de espera para a realização da mamografia pode chegar a até 80 dias. A entidade ressaltou a importância da realização desse exame em tempo hábil, pois a detecção precoce aumenta as chances de tratamento eficaz e diminui a necessidade de intervenções mais complexas e custosas.
Além disso, o CBR alertou que a fila de espera pode ser ainda maior do que os números indicam, devido à subnotificação e à dependência dos dados fornecidos pelas secretarias de saúde estaduais e municipais. Um exemplo disso é o Distrito Federal, que oficialmente informa 306 pacientes à espera do exame, mas dados da imprensa local sugerem que o número real pode chegar a 3,6 mil.
O relatório recente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) destaca que longos períodos entre a solicitação e a emissão de laudos dificultam a adesão ao rastreamento do câncer de mama. Em 2023, apenas 48,8% das mamografias tiveram laudos liberados em até 30 dias, enquanto 36% demoraram mais de 60 dias.
A situação exige atenção das autoridades e a implementação de políticas públicas efetivas para garantir acesso equitativo ao diagnóstico.
Fonte: Agência Brasil
Tabela: SISREG/Ministério da Saúde