Uma mulher achou que estava sofrendo com uma dor nas costas, por brincar com o filho durante o Natal e acabou entre a vida e a morte. Após um desmaio, ela despertou, já em 2022, com os dez dedos das mãos amputados. A intervenção foi necessária porque Sadie Kemp, de 34 anos, teve uma infecção nos rins, que avançou e desencadeou uma sepse.
A condição que acometeu a britânica acontece quando uma infecção faz com que o organismo reaja de forma violenta, atacando os próprios órgãos e tecidos. Por isso, os dedos tiveram que ser amputados, já que o tecido na região havia necrosado.
Mãe de dois filhos, Sadie ficou devastada com a situação, mas encara a sua sobrevivência como uma segunda chance. Após duas semanas em coma, a mulher perdeu o emprego e a casa. Ela se adapta à nova realidade e conta com o apoio dos amigos e da família.
Tristeza no Natal
Ao tabloide britânico Mirror, a mulher relembrou o momento em que a dor nas costas deu os primeiros sinais de que havia algo errado, no dia do Natal. “Eu achei que minhas costas estavam doendo por ficar abaixando para parafusar uma cozinha de brinquedo que eu comprei para meu filho mais novo. Mas a dor começou a piorar”, relatou.
“Eu fui tomar um banho e meia hora depois eu estava gritando de dor no chão. Parecia que alguém estava apertando meus rins”, narrou. Sadie foi levada para o atendimento de emergência, onde recebeu analgésicos para a dor. Ela foi orientada a voltar ao hospital se a situação piorasse.
No dia seguinte ela voltou e, na frente dos médicos, perdeu a consciência. “Quando eu acordei, já tinham se passado duas semanas em que eu fiquei em coma. Eles estavam me dando remédios para manter os meus órgãos vivos, mas os membros mais distantes sofreram mais. O sangue não circulava para a minha mão e minhas pernas, o tecido começou a morrer”, detalhou.
‘Milagre’ e recomeço
Apesar das dificuldades, Sadie é tratada como um “milagre médico”, por ter sobrevivido a uma condição grave de sepse. Inicialmente, ela recebeu a notícia de que iria perder os quatro membros, mas só foi necessário retirar os dedos da mão e a amputação do pé ainda é avaliada pelos médicos.
Antes da sepse, a britânica trabalhava como motorista e agora perdeu a fonte de renda. Ela vivia em uma casa fornecida pelo governo, junto com os dois filhos, de 16 e 2 anos. Agora, ela não pode mais viver na residência, que não é adaptada para pessoas com deficiência. “Eu só estou tentando entender o que aconteceu e porque aconteceu”, desabafou.
“Eu não estou ganhando dinheiro para as minhas crianças. Eles não têm um teto para viver e isso me faz sentir terrível. Eu só quero dar a eles alguma segurança”, acrescentou ao tabloide.
Agora, Sadie conta com a ajuda de amigos e a solidariedade de desconhecidos para seguir em frente. Familiares da mulher iniciaram uma vaquinha no site GoFundMe, para ajudar a bancar os custos do tratamento, que ficou em cerca de R$ 70 mil.
“Eu percebi que recebi uma segunda chance na vida. Os médicos me disseram que eu nem deveria estar viva, considerando a quantidade de ‘veneno’ que foi bombeado em meu sangue”, revelou.
“Eu me sinto como uma força, uma guerreira. Não estaria aqui sem o apoio dos médicos, dos meus amigos e da minha família. Agora eu estou determinada a superar isso, por eles”, concluiu.
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