Onça que matou caseiro no pantanal permanecerá em cativeiro

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

A onça-pintada que matou um caseiro em uma propriedade rural no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, não será devolvida à natureza. O felino permanecerá em cativeiro e será destinado a uma instituição mantenedora de fauna, integrando o Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O animal, um macho de aproximadamente nove anos e 94 quilos, foi resgatado em estado debilitado, apresentando desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. De acordo com boletim médico, veterinários ainda aguardam laudos e resultados de exames complementares, como raio-X, ultrassom e hemograma, para avaliar completamente a condição de saúde do felino. Após a anestesia, ele se mostrou consciente e estável.

Especialistas apontam que a magreza extrema pode ter motivado o ataque ao humano. Segundo um biólogo, animais debilitados têm dificuldade para capturar suas presas naturais e, por isso, podem buscar alternativas mais fáceis, como animais domésticos ou, em casos raros, seres humanos. Ele destacou ainda que ataques predatórios desse tipo são extremamente incomuns e que episódios assim, embora traumáticos, acabam gerando desinformação e colocando a espécie em risco devido ao medo e à reação das pessoas.

O felino foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde o local precisou ser isolado para garantir segurança no manejo. A captura ocorreu após a localização de restos mortais do caseiro próximo a uma toca utilizada pela onça, em área de pesca às margens do Rio Miranda. Equipes da Polícia Militar Ambiental, pesquisadores e guias locais participaram da operação.

foto: Governo do Mato Grosso do Sul/reprodução

fonte: Folhapress

Encontre uma reportagem