A ideia de que “não criar expectativas” protege contra frustrações é muito difundida, mas pode ser enganosa, segundo a psicóloga Ana Luísa Bolívar. Para ela, expectativas são inevitáveis e até estratégicas, desde que estejam alinhadas com nossos valores e com a realidade.
“Somos naturalmente projetados para imaginar o futuro”, afirma. Evitar expectativas pode parecer uma forma de autoproteção, mas corre-se o risco de cair numa vida sem motivação ou propósito. “Como construir algo, seja um relacionamento ou um projeto, sem antes imaginá-lo?”, questiona.
A especialista explica que expectativas realistas ajudam a dar direção à vida e ativam nosso sistema de recompensa ao serem superadas. O problema não está em tê-las, mas em como lidamos com as frustrações quando elas não se concretizam.
Ela também alerta para o impacto das redes sociais, que distorcem padrões e alimentam comparações irreais. Por isso, defende que o autoconhecimento é essencial para distinguir entre expectativas legítimas e aquelas impostas de fora.
A chave, segundo Ana Luísa, está em aprender a modular as expectativas e encontrar satisfação no processo – não apenas nos resultados. Assim, é possível sonhar sem perder o pé no chão.
Fonte: O Tempo
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