Pesquisadores da Universidade Nacional Australiana afirmam que os smartphones funcionam como parasitas evolutivos modernos: sobrevivem às nossas custas e causam danos como dependência, falta de sono e transtornos de humor. Embora tenham começado como ferramentas úteis de comunicação e informação, os celulares e seus aplicativos agora priorizam os interesses das empresas, mantendo usuários viciados e frustrando seus próprios objetivos.
A relação parasitária se assemelha ao comportamento de parasitas biológicos que vivem à custa dos hospedeiros, diferindo de relações mutualísticas que trazem benefícios para ambos. Para reequilibrar essa interação, os cientistas sugerem aprender com a natureza, como o peixe limpador da Grande Barreira de Coral, que mantém o parasita sob controle e garante um equilíbrio saudável.
Como o vício em smartphones é reforçado por algoritmos opacos e a dependência de dispositivos para tarefas cotidianas, os pesquisadores defendem ações coletivas, como restrições legais ao design viciante e controle da coleta de dados, para evitar que continuemos a ser hospedeiros vulneráveis desses “parasitas digitais”.
Foto: Liam Shaw/Unsplash
Fonte: Australasian Journal of Philosophy / The Conversation
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