A Prefeitura de Capitólio, no Sul de Minas, autorizou o retorno parcial da visitação aos cânions, na represa de Furnas. Em decreto publicado nessa quarta-feira (24), o prefeito Cristiano Geraldo da Silva (PP) determinou as condições para a circulação de turistas na região. A visitação no local estava impedida desde que um deslizamento rochoso deixou 10 mortos e vários feridos, em janeiro deste ano. As novas medidas são válidas a partir de 30 de março.
No decreto, o prefeito publicou que a decisão foi tomada em razão da “importância econômico/social do uso do atrativo turístico”. O chefe do Executivo também justificou que já foram iniciados estudos geológicos no atrativo e que foi levado em consideração laudo da Defesa Civil de Capitólio.
O decreto afirma que as precauções extras citadas são temporárias, para que o atrativo possa ser disponibilizado para turismo “até a apresentação dos relatórios finais dos estudos geológicos e realização do plano final de monitoramento”.
Novas medidas
A rota de circulação das lanchas será dividida em trechos, com controle de fluxo, para evitar aglomeração de embarcações. Além disso, em alguns locais de maior risco, não será autorizada a parada das lanchas. Os passeios serão interrompidos em caso de chuva e não será autorizado o uso de caixas de som.
As medidas ainda incluem assinatura de termo de anuência por todos os passageiros, concordando com as medidas de segurança, uso de capacete e colete salva-vidas. O espaço também passará por uma análise diária, feita por profissional técnico, para avaliar qualquer deslocamento de rocha ou indício de novo deslizamento.
Investigação concluída
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a investigação sobre a tragédia que matou 10 pessoas no Lago de Furnas, no município de Capitólio, no Sul de Minas, em janeiro deste ano. Em 4 de março, o órgão informou que não encontrou culpados pelo desabamento da rocha e classificou o ocorrido como um evento natural.
Segundo o Corpo de Bombeiros, havia mais de 40 pessoas na represa de Furnas, em Capitólio (MG), no momento do acidente. Todos os 10 mortos, no entanto, eram passageiros da lancha “Jesus”, a única que teve mortes registradas após o deslizamento rochoso.
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