Fofoca revela traços da personalidade e pode ser usada como estratégia social, dizem especialistas

Por Dentro De Tudo:

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A fofoca, presente desde os primórdios da humanidade, vai além do simples “leva e traz” e pode revelar muito sobre a personalidade de quem escuta e de quem a compartilha. Segundo especialistas, esse hábito, muitas vezes visto como trivial, está diretamente ligado a necessidades emocionais como pertencimento, validação social e até autoestima.

Relatos de diferentes pessoas mostram como a fofoca se manifesta no dia a dia. Para alguns, ela é uma diversão inevitável. Para outros, uma forma de se proteger. Há ainda quem prefira apenas escutar ou simplesmente ignore. Mas o que todos compartilham é o reconhecimento da força desse comportamento nas relações sociais.

A psicóloga Keila Calil explica que a fofoca funciona como um regulador social. Ela ativa áreas do cérebro ligadas ao sistema de recompensa, com liberação de dopamina — tanto quando se fala bem quanto quando se compartilha algo negativo. “A fofoca positiva reforça a confiança no grupo. A negativa serve como alerta e punição social”, analisa.

Segundo Keila, quando usada de forma estratégica, a fofoca pode ajudar na escolha de parceiros (afetivos, profissionais ou sociais), reforçar normas sociais ou simplesmente aliviar tensões. No entanto, quando se torna a principal forma de interação, pode indicar uma carência emocional ou fuga de si mesmo.

“Falar dos outros pode ser uma distração emocional, uma forma de evitar confrontos internos. Se todas as conversas giram em torno de terceiros, é hora de refletir sobre o propósito disso”, alerta a psicóloga.

Para escapar desse ciclo, Keila recomenda práticas como a atenção plena e o fortalecimento de conexões genuínas. Ela também ressalta o papel das redes sociais, que intensificam o comportamento fofoqueiro ao transformar curtidas e comentários em pequenas doses de validação instantânea.

A conclusão é clara: a fofoca, mesmo quando inofensiva, diz mais sobre quem a pratica do que sobre quem é alvo dela. O desafio está em reconhecer os limites e buscar formas mais saudáveis de se conectar.

Foto: iStockphoto/Divulgação

Fonte: O Tempo

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