A luta contra os males causados pelo fumo inclui, agora, batalha contra a covid-19. O tabagismo, considerado pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é um dos fatores de risco para transmissão do coronavírus. Devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante tem mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.
Reconhecido como doença crônica, o tabagismo é causado pela dependência à nicotina, substância psicoativa presente nos produtos à base de tabaco, altamente cancerígena. De acordo com a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), o tabagismo integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais, em razão do uso de substância psicoativa. É também considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esse motivo, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos, além de serem acometidos com mais frequência por infecções respiratórias como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose.
12,6% de todas as mortes que ocorrem no Brasil são atribuíveis ao tabagismo.
Ajuda
A pessoa que deseja parar de fumar e precisa do apoio profissional deve procurar a Unidade de Atenção Primária à Saúde mais próxima de sua residência.
Neste momento da pandemia, a orientação é que os atendimentos sejam realizados de forma individualizada. Anteriormente, a maioria dos atendimentos eram coletivos. Além disso, o atendimento de forma remota (telefone, videochamada ou outra ferramenta) tem sido orientado para o tratamento do tabagismo e segue a mesma diretriz do presencial.
A data
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado no último sábado, dia 29 de agosto, foi criado em 1986 pela Lei Federal 7.488.