Recentemente, o resgate de Rayan Awram ganhou grande repercussão na mídia internacional e mobilizou equipes de salvamento no Marrocos, no norte da África. O menino de 5 anos caiu em um poço estreito com mais de 30 metros de profundidade próximo ao local em que morava, na cidade de Tamorot. As equipes de resgate utilizaram maquinário pesado para cavar um buraco ao lado do poço e fizeram um túnel horizontal para acessar a criança. A operação durou cerca de 4 dias, foi feito o monitoramento do estado de saúde de Rayan e feito o fornecimento de oxigênio e alimentação, mas a criança não resistiu aos ferimentos e morreu.
Apesar da tragédia ter se passado em um país distante desta vez, já tivemos casos semelhantes por aqui, como o do garoto que ficou preso em um buraco em Belo Vale e da menina de 6 anos que caiu em uma fenda de cerca de 4 metros de profundidade em Uberlândia. O histórico nesses casos é quase sempre o mesmo: grandes valas e túneis são deixados abertos em canteiros de obras, oferecendo risco a crianças e animais que acabam caindo nesses locais e ficando presos.
Algumas medidas são fundamentais para prevenir que acidentes assim aconteçam, como as descritas a seguir:
Isolamento de canteiros de obras: é comum a abertura de valas e poços estreitos durante a execução de obras, é importante que o acesso seja restrito a esses locais, pois ali estão instalados diversos riscos para crianças e animais, como risco de queda, de corte, de intoxicação, entre outros. Além disso, caso ocorra a paralisação da obra, essas valas precisam ser fechadas, para impedir que acidentes aconteçam;
Limpeza de lotes: a manutenção dos lotes contribui para que não haja buracos escondidos em meio à mata, evitando acidentes como queda de pessoas e animais. É indicado que seja realizado o descarte correto de materiais avulsos como paletes, restos de madeira e de construção, ferragens, entre outros que possam oferecer riscos;
Utilização de tampas em cisternas e fossas em uso: ainda é comum a utilização de fossas negras e cisternas em algumas comunidades, esses locais precisam estar isolados e possuir tampa rígida, além disso não se deve permitir a circulação de pessoas e animais sobre as tampas;
Fechamento de fossas desativadas: nos casos de fossas e cisternas desativadas, é preciso que sejam fechadas com terra, eliminando assim o risco de queda e de desmoronamento.
