O advogado Celso Sanchez Vilardi, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento realizado nesta terça-feira (25) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que não há provas que vinculem Bolsonaro aos atos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado e pode se tornar réu ao final do julgamento, previsto para esta quarta-feira (26).
Vilardi argumentou que a Polícia Federal (PF), em seu relatório, não apontou Bolsonaro como responsável pelos atos de depredação e que a delação do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, também não o incrimina diretamente.
“Nem a Polícia Federal, que utilizou mais de 90 vezes (em seu relatório) a expressão ‘possivelmente’, porque não havia certeza, afirmou participação dele (Bolsonaro) no 8 de janeiro. Não há um único elemento, nem da delação (de Mauro Cid)”, declarou o advogado.
Ele também destacou que Bolsonaro teria repudiado os atos de vandalismo cometidos na capital federal. “Não é possível que se queira imputar a responsabilidade ao presidente da República, o colocando como líder de uma organização criminosa, quando ele não participou dessa questão do 8 de janeiro. Pelo contrário, ele a repudiou”, disse Vilardi.
Foto: Gustavo Moreno/STF
Fonte: Itatiaia