Nos últimos oito meses, ela passou por 10 cirurgias na cabeça e ficou quase 80 dias internada no Pronto-Socorro João 23 em Belo Horizonte, após ser atacada, em setembro do ano passado, por uma cachorra da família, enquanto dormia, no fim da tarde, na cama dos pais.
O animal da raça rottweiler arrastou a bebê pelos cômodos da casa e só a largou quando a mãe de Luiza conseguiu tirar a filha da boca da cadela.
Ela teve perda do couro cabeludo e múltiplas fraturas no crânio.
A autônoma de 30 anos disse que, depois do ataque, a vida dela e da família “virou do avesso”. Ela ficou “morando” com a filha no pronto-socorro em Belo Horizonte, enquanto o marido e o filho mais velho ficavam em casa na cidade de Pará de Minas, no interior de Minas Gerais, a cerca de 100 km da capital.
“No pior momento, alugamos uma pensão próxima do hospital, mas quando vimos que a internação ia demorar, desistimos, aí ficamos no bate-volta mesmo”, contou Flávia.
Atualmente, a menininha, que gosta de assistir desenhos animados e de usar vestido cor de rosa, segue entre consultas, mais cirurgias, medicamentos e à espera para fazer um implante capilar que só poderá ser feito quando ela completar 4 anos.
Mas sua mãe diz que o sentimento é de gratidão, porque a garotinha lutadora está bem, e a única sequela que restou foi a perda de parte do cabelo e uma paralisia parcial no rosto, que afeta seu sorriso.