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Coágulos após vacina AstraZeneca afetam mais “jovens” e são perigosos, dizem cientistas

Por Dentro De Tudo:

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Um novo estudo revela que, embora sejam extremamente raros, os coágulos sanguíneos causados pela primeira dose da vacina Oxford-AstraZeneca possuem alto risco de morte em jovens, inclusive saudáveis.

Como mostra o jornal britânico The Guardian, em pessoas com menos de 50 anos, a reação adversa grave ocorre em uma a cada 50.000 pessoas que receberam o imunizante, e essa probabilidade cai para uma em 100.000 a partir dos 50 anos.

Mas o risco de coágulos sanguíneos é muito maior em vítimas da covid-19. Conforme o periódico, mais de um quinto dos pacientes hospitalizados com coronavírus apresentam evidências de coágulos no sangue.

No estudo publicado na última quarta (11/8) no jornal científico The New England Journal of Medicine, os pesquisadores examinaram 220 casos confirmados e prováveis em hospitais do Reino Unido entre 22 de março e 6 de junho.

“É importante enfatizar que esse tipo de reação à vacina Oxford-AstraZeneca é muito rara. Mas para aqueles que desenvolvem coágulos sanguíneos, os resultados podem ser devastadores. Frequentemente, afeta jovens e saudáveis receptores de vacinas e tem alta taxa de mortalidade. É particularmente perigosa quando o paciente apresenta baixa contagem de plaquetas e sangramento no cérebro”, afirma a hematologista Sue Pavord, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, uma das autoras do estudo, citada pelo The Guardian.

Os pesquisadores descobriram que a chamada síndrome de trombose-trombocitopenia matou 23% dos pacientes analisados. Esse risco de morte aumenta para 73% em pessoas com contagem de plaquetas muito baixa e sangramento após coágulos no cérebro.

Como mostra o jornal britânico, essa síndrome é semelhante à condição que costuma ser relatada por pacientes tratados pelo anticoagulante heparina, mas parece ser mais agressiva após o imunizante da AstraZeneca.

Nos 220 casos confirmados e prováveis da síndrome trombose-trombocitopenia, as idades variaram de 18 a 79 anos (em média 48). Cerca de 85% tinham menos de 60 anos, apesar de grande parte da população idosa ter sido vacinada no Reino Unido.

Mas isso não significa que a vacina Oxford/AstraZeneca não deve ser dada a menores de 60 anos, alerta o jornal.

“Se houver alta prevalência de covid-19, mais pessoas provavelmente acabarão em estado crítico e, se tiverem mais de 60 anos, haverá maior probabilidade de morte. Nesse caso, faz sentido dar Oxford-AstraZeneca a todos. Mas quando há uma prevalência mais baixa de covid, um limite de idade seria apropriado”, comenta Sue Pavord ao The Guardian.

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