A mentira é algo que se aprende no convívio social, geralmente durante a primeira infância, por imitação. Mente-se por diversos motivos e até mesmo sem nenhum.
Certamente é algo que todos já fizemos e trata-se de um ato pensado e consciente para a maioria das pessoas, com exceção daquelas que sofrem de mitomania.
O (a) mitômano (a), ou mentiroso (a) crônico (a), faz isso sem mesmo perceber.
É algo tão comum para esse indivíduo que ele se perde, literalmente, nas próprias histórias e acaba ficando sem muita noção do que é real e do que foi inventado.
O que diferencia uma mentira convencional de um hábito compulsivo de inventar histórias? O exagero, a ausência de culpa e a freqüência.
Normalmente, quando alguém conta uma mentira, sente culpa e medo de ser descoberto(a). O mitômano não.
Alguns sinais podem evidenciar a compulsão pela mentira:
– tendência a ser a grande vítima ou herói em todas as histórias;
– descrição exagerada de fatos comuns;
– excesso de detalhes;
– exagero na elaboração de resposta para perguntas simples;
– muitas versões para uma mesma história.
É importante salientar que, com a velocidade com que as informações são divulgadas atualmente, os impactos de uma “pequena mentira” podem ser gigantescos e desastrosos, vide as “fake news”.
O tratamento para a mitomania é realizado por meio de psicoterapia.
Com o acompanhamento de um(a) profissional da saúde mental, através do exercício da fala, é possível tomar consciência dos gatilhos que levam à mitomania e do que precisa ser feito para restabelecer a saúde dos relacionamentos interpessoais e o equilíbrio emocional.
Aline Michelle Santos
Psicanalista Clínica
31-99576-1691