As relações sociais atuais estimulam o “ter” em detrimento do “ser”, levando muitas pessoas a esforços ilimitados para ostentar. A rotina de exposição e comparação das redes sociais agrava a compulsão por compras, inclusive em crianças.
Consumir é algo inerente à nossa vida em sociedade, já que em algum momento será preciso repor a dispensa, dar um presente a alguém, e até mesmo se dar um “mimo”, o que pode ser muito prazeroso.
Porém, na compra compulsiva, a aquisição não gera esse bem-estar de forma saudável. Há um ímpeto desenfreado de possuir algo, sem qualquer objetivo real.
Muitas pessoas ignoram as próprias finanças e até extrapolam o orçamento de outras pessoas porque não conseguem parar de comprar.
A origem da compulsão por compras, ainda não é conhecida com exatidão. Contudo, a literatura médica relaciona esta condição a alguns fatores:
– a origem familiar e genética;
– o estado subjetivo de afetividade e alinhamento emocional;
– o meio cultural original.
Vários sinais podem nos ajudar a identificar a compulsão. Alguns exemplos mais comuns:
– descontrole financeiro;
– hábito de comprar escondido;
– desejo insaciável de consumir;
– comprar ao se sentir triste ou pressionado(a);
– sensação de frustração e fracasso após a efetivação de uma compra.
Caso perceba que dois ou mais dos hábitos descritos acima são constantes em sua vida, saiba que a avaliação por parte de um(a) médico(a) especializado(a) e o acompanhamento com um(a) profissional da saúde mental são fundamentais para controlar, minimizar e neutralizar a compulsão por compras e restabelecer a qualidade de vida.
Aline Michelle Santos
Psicanalista Clínica
31-99576-1691.
