O brasileiro envelhece mal e ainda desenvolve diversas doenças evitáveis. Entre elas, uma das principais são as doenças cardiovasculares, como a hipertensão, que além de ser o principal fator de risco para o infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC), também apresentou um aumento de 3,7% de diagnósticos em adultos, em quinze anos, segundo relatório do Ministério da Saúde publicado em 2022.
As doenças cardiovasculares representam, atualmente, a principal causa de mortes no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, são cerca de 400 mil óbitos por ano, e 14 milhões de pessoas acometidas pelas doenças. Todos os anos, mais de 17 milhões de pessoas morrem por pane no coração ou nos vasos sanguíneos, segundo indica a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados como esses servem de alerta neste mês em que é lembrado o Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril. Para a médica Gisele Abud, há um conjunto de hábitos inadequados que formam os principais fatores de riscos para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
“Dietas inapropriadas, sedentarismo, uso de tabaco e abuso de bebidas alcoólicas, podem manifestar no indivíduo pressão arterial elevada, diabetes, sobrepeso e obesidade. Fatores como esses indicam maior risco de desenvolvimento de ataque cardíaco, AVC, insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares”, alerta Gisele, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, localizada no litoral paulista.
A alimentação é o melhor remédio
Como destacado pela médica, a principal forma de se prevenir contra doenças do coração é a partir de uma mudança de hábitos. Uma alimentação saudável aliada a prática de exercícios físicos, é a chave para proteger não somente a saúde do coração, mas todo o organismo.
Exceto pessoas com restrições alimentares cuja dieta deve ser específica, a população pode optar por uma alimentação natural, diversa e adequada para cada faixa etária. Alimentos como peixe, laticínios desnatados, castanhas e aveia são fontes de gorduras saudáveis, que auxiliam no controle do colesterol e pressão arterial, evitando doenças cardiovasculares e outras complicações, como o acidente vascular cerebral e infarto.
“Como unidade de saúde, nosso papel é conscientizar as pessoas, famílias, comunidades sobre a necessidade de cuidar da saúde do coração. A prevenção, seguindo as dicas dos especialistas é o melhor caminho para controlar essas doenças”, afirma Gisele.
