Uma enfermeira de 36 anos está sendo investigada pela Polícia Civil do Mato Grosso, após levar o recém-nascido de uma paciente para casa. A profissional alegou que levou a criança porque o companheiro da mãe do bebê não o aceitava, já que não era filho dele. O caso aconteceu no município mato-grossense de Campo Novo dos Parecis e a instauração do inquérito foi divulgada pela polícia nessa terça-feira (1º).
No último 25 de fevereiro, o Hospital Municipal da cidade acionou os policiais para um atendimento de violência doméstica de uma paciente, de 22 anos. Logo após dar a luz, a mulher estava impedida de voltar para casa, por ameaças do atual companheiro. O Conselho Tutelar informou aos policiais que ela já tinha uma medida protetiva contra ele, por ameaças anteriores. O órgão passou a acompanhar o caso, para encontrar uma casa de apoio e acolhimento para a mãe e o bebê.
A mulher teve alta do hospital, dois dias após o parto, e precisou comparecer ao prédio do Conselho Tutelar para as devidas providências. No entanto, ela chegou até o local sem a criança e não soube explicar onde estava o recém-nascido.
Questionada pelos funcionários do órgão, ela alegou que havia deixado a criança no hospital. Ainda assim, as conselheiras tutelares que a atendiam acharam a história confusa e insistiram nas perguntas. Por fim, a mulher assumiu que o bebê havia ficado com uma enfermeira que trabalhava no hospital.
Enfermeira investigada
Com base nas informações, os policiais civis identificaram quem era a profissional que estava com a criança. A equipe, juntamente com as conselheiras tutelares, foram até o endereço dela, onde encontraram a enfermeira com o recém-nascido nos braços.
Os indícios apontam que a profissional levou a criança para casa com a documentação de declaração de nascido vivo. Ela teria agido de forma ilegal, sem comunicar as autoridades. A mulher e o marido foram encaminhados para a delegacia para esclarecimentos.
A criança ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar. A Delegacia de Campo Novo dos Parecis continuará com as investigações, para esclarecimento total dos fatos e posteriormente conclusão do inquérito instaurado mediante portaria.
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