Servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que administra 21 hospitais estaduais e casas de saúde no estado, começaram uma greve por tempo indeterminado,nesta segunda-feira (5).
De acordo com o Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde (Sindpros), a categoria quer a derrubada de resoluções que mudam a jornada de trabalho. As determinações foram feitas entre a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag) e a Fhemig.
O diretor da Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Augusto dos Passos Martins, disse queservidores das áreas da enfermagem, assistência social, administrativo, laboratório, raio-X, nutrição, fisioterapia e psicologia também participam da mobilização.
As resoluções foram suspensas em fevereiro após um acordo intermediado com parlamentares. Ficou acordado que o governo discutiria as determinações com a categoria, o que não aconteceu, segundo o sindicato. O g1 questionou a Fhemig sobre o assunto, mas ainda não houve retorno.
💉A suspensão terminou no dia 1º de junho, data em que as resoluções passaram a valer.
💉Uma delas prevê o aumento da carga horária de plantonistas, com plantões extras que resultariam em uma escala de 12 horas de trabalho para 48 horas de descanso, em vez da escala de 12 horas de trabalho para 60 horas de descanso, em vigor há décadas.
💉A outra dificultaria a redução de jornada dos responsáveis por pessoas com deficiência. A legislação prevê a jornada de 20 horas semanais para esses servidores.
O governador Romeu Zema disse que a lei deve ser cumprida.
“Sou um governador que preza a lei. No ano passado tivemos questionamentos e fui muito claro. Vou fazer o que a lei fala. Hoje temos um estado que para fechar as contas enfrenta muitas dificuldades, e a lei está clara, não pode comprometer determinado percentual da sua receita corrente líquida com pessoal. Vamos manter um estado enquadrado, não serei um governador irresponsável gastando acima do que a lei permite”, disse ele.
Por nota, a Fhemig informou que mantém diálogo com os servidores e que o governo de Minas Gerais faz estudos para definir providências relativas às solicitações, levando-se em consideração os limites estabelecidos pela lei.
Com relação à jornada de trabalho, a Fhemig disse que são mais de 30, que variam (12, 16, 20, 24, 30 e 40 horas) e que a de 12×60 horas com carga horária semanal de 30 horas segue os mesmos parâmetros das demais e, portanto, não há nenhum aumento.
Fonte: Globo Minas. Foto: Leonardo Alvarenga Santos/Arquivo pessoal