O trabalho dos entregadores ganhou ainda mais destaque durante o período de isolamento provocado pela pandemia da Covid-19. Agora, uma discussão que já era antiga voltou a dominar as redes sociais: o motoboy tem ou não tem que subir até o apartamento do cliente para entregar o pedido?
O assunto repercutiu novamente após o influenciador Luiz Guilherme Prado publicar um print que mostra um atrito entre um motoboy do iFood e um cliente.
Na conversa, um homem que se diz advogado afirma que não pode descer até a portaria para buscar o pedido e fala que, se o prestador de serviço não puder subir, “pode cancelar o pedido”.
O entregador questiona se o autor do pedido é cadeirante. O homem responde: “Não, mas tô pagando pela entrega. Não quero descer mesmo (sic)”.
O motoboy diz que o cliente está pagando pela entrega e não por um “serviço de quarto”: “Não sou garçom”.
O advogado escreve ainda que se fosse para ele descer, iria pessoalmente ao estabelecimento e faria o pedido. O homem também ameaça abrir uma reclamação no aplicativo e ofende o entregador: “Você é muito abusado”.
“Eu pedi por gentileza. Se roubarem minha moto quem vai me dar outra?”, pergunta o motoboy.
Procurado, o iFood disse que “preza por relações de respeito na plataforma e ambientes livres de assédios, preconceitos e intimidação, conforme os valores presentes em seu Código de Ética e Conduta”.
O aplicativo disse também que “não faz nenhuma exigência aos profissionais que trabalham na plataforma para realizar a entrega diretamente no apartamento do cliente, por entender que há variáveis como regras do condomínio, questões de segurança ou por não existir condições de estacionar a moto na via pública, por exemplo. Inclusive, tem reforçado as boas práticas na relação com entregadores nos canais de comunicação da plataforma e também em seu aplicativo”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Entregador tem que subir? Discussão entre motoboy e cliente reacende debate na internet no site CNN Brasil.