As tradicionais bulas de papel podem estar com os dias contados no Brasil, um país cada vez mais conectado. A proposta de substituir bulas físicas por versões digitais, acessíveis via QR Code, ganha força à medida que se considera a facilidade de atualização e a inclusão de vídeos e áudios informativos.
No entanto, essa mudança enfrenta resistência. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) argumenta que a digitalização pode prejudicar pessoas sem acesso adequado à internet, especialmente idosos, os maiores consumidores de medicamentos. Em contraste, a indústria farmacêutica apoia a modernização, destacando a possibilidade de atualizar informações rapidamente e reduzir o uso de papel.
A Anvisa, após consulta pública, deve votar a proposta na próxima quarta-feira (10/7). O Idec pede mais transparência e análise técnica antes de qualquer decisão, ressaltando que as bulas digitais devem complementar, e não substituir, as versões impressas.