O grupo Resgate Animal Rio Arrudas, em Belo Horizonte, surgiu há mais de dez anos e tem como objetivo retirar animais do leito do ribeirão. Atualmente, a entidade tem dez cachorros e dois gatos para serem adotados.
De acordo com a advogada Paola Maciel, voluntária e responsável por encaminhar para adoção os animais resgatados e sem tutores, a falta de estrutura complicava o atendimento aos bichos.
“Hoje, com a doação mensal de R$ 10 por membro, ajuda bastante a manter os cuidados veterinários e o lar temporário pago até a adoção. Já foram resgatados mais de 300 animais nessa situação desde a fundação do grupo, sendo que, após a pandemia, esse número cresceu muito. Só no ano passado foram mais de 50 animais resgatados e encaminhados à adoção”, fala.
Ela diz que, depois de o bicho ser encontrado, voluntários descem de rapel até o leito do Ribeirão Arrudas para fazer o resgate, sob a coordenação de Milton de Freitas Carvalho Júnior, conhecido como Miltinho, fundador da entidade.
Paola explica que os animais podem ter acesso à margem do rio por meio de galerias pluviais.
“Se chover, a correnteza leva o animal que dificilmente sai de lá com vida. Em época de chuva é um desespero no grupo, pois a cada resgate, além da vida do animal, é a vida dos nossos resgatistas em jogo e qualquer erro podemos perder todo mundo”, conta.
Mas, de acordo com ela, muitos são jogados propositadamente.
“Já tivemos relatos de pessoas que jogaram. Inclusive pegamos muitos animais com as patas fraturadas”.
Assim que resgatados, os pets são levados ao médico veterinário, passam por consulta, exames e, quando aptos, são castrados, vacinados e vão para adoção, que pode ser feita por meio do @resgatedeanimaisrioarrudasbh.
O interessado passa por entrevista e assina um termo de responsabilidade. A adoção é acompanhada durante a vida do animal.