Nos últimos dias, alguns bairros de cidades da RMBH enfrentam um aumento significativo na presença de caramujos africanos, um problema que tem gerado preocupação entre os moradores. A espécie, conhecida por ser hospedeira de parasitas causadores de doenças, tem invadido áreas residenciais, dificultando a rotina dos moradores.
Muitos relatam que os caramujos surgem com mais frequência à noite, cobrindo ruas e calçadas até a manhã seguinte, tornando o local praticamente intransitável durante esse período. “É assustador, a rua fica cheia de caramujos, e fica impossível até caminhar. Já estou até acostumada a retirálos”, comentou uma moradora.
Embora o caramujo africano, Achatina fulica, seja capaz de transmitir doenças como a angiostrongilíase, os especialistas alertam que ele próprio não é o transmissor direto de enfermidades. O biólogo João Silva esclarece que a principal preocupação é a adaptação do animal ao ambiente brasileiro, o que torna difícil sua erradicação. Além disso, práticas como a aplicação de sal grosso não têm se mostrado eficazes, podendo até prejudicar espécies nativas e desequilibrar o ecossistema local.
A infestação também é um indicativo do acúmulo de lixo e vegetação, que criam condições ideais para os caramujos. Eles se alimentam de uma grande variedade de materiais orgânicos, incluindo restos de alimentos e até papel, o que aumenta sua proliferação.
