Minas Gerais investiga seis casos de hepatite aguda de causa desconhecida em crianças. O mais recente caso, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (20) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), foi registrado em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ao todo, o estado teve até agora nove casos suspeitos da doença, mas três deles já foram descartados. “Os casos que estão em investigação foram notificados em Belo Horizonte (2), Juiz de Fora (2), Montes Claros (1) e Lagoa Santa (1). Os casos descartados foram notificados em Montes Claros (2) e Divinópolis (1)”, diz a nota da pasta.
Os seis casos ainda em investigação aguardam a entrega de resultado de exames e, conforme a secretaria mineira, já foram notificados ao Ministério da Saúde.
A doença
A chamada Hepatite Aguda Grave em Crianças está sob vigilância da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido a mudanças no padrão prévio de ocorrência da enfermidade, “com aumento de sua frequência e de seu perfil de gravidade”. Nos seis casos mineiros da doença, as causas mais comuns foram descartadas.
Os principais sintomas da hepatite são diarreia, vômito e dor abdominal, que podem vir associados ou não a prostração, dor no corpo e mal-estar. “Em um segundo momento, a icterícia, caracterizada pela coloração amarelada dos olhos, da pele e das mucosas, se instala, devendo ser utilizado por pais e cuidadores como um sinal de alarme para procura por atendimento”, orienta a secretaria.
Como a causa ainda é indefinida, para prevenir os casos a orientação é para se manter a higienização adequada e frequente das mãos, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, consumir água potável e alimentos adequadamente higienizados.
Na última sexta-feira (16) a SES-MG divulgou que, até o momento, estava descartada a relação da hepatite com a vacina contra a Covid-19, uma vez que a maioria das crianças afetadas não receberam o imunizante.
“Em alguns pacientes, foi detectada a presença dos vírus Adenovirus e SARS-CoV-2 (Covid). No entanto, ainda não existem dados suficientes para estabelecer uma relação causal entre esses agentes infecciosos e o quadro clínico dos pacientes”, completa a pasta.
Fonte: O Tempo.