Leishmaniose em Sete Lagoas: números caem, mas cuidados devem continuar

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Sete Lagoas continua sendo uma área endêmica para a leishmaniose, com a presença constante do mosquito-palha. Apesar da preocupação, os números da doença em humanos mostram tendência de queda: de 14 casos em 2022 para apenas 3 em 2024 (até o momento). Entre 2020 e 2024, a cidade somou 45 casos, com alguns óbitos associados, mas muitos deles por comorbidades pré-existentes.

Segundo o Dr. Thiago Henrique Carvalho de Souza, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o mosquito se prolifera em ambientes úmidos, com matéria orgânica, diferente do mosquito da dengue. A limpeza de quintais, retirada de folhas, fezes e restos de comida é essencial para o controle.

Mais de 36 mil cães foram testados nos últimos quatro anos, com cerca de 4.500 casos positivos. A cidade também já distribuiu mais de 7 mil coleiras impregnadas com deltametrina, que ajudam a proteger os cães e a reduzir a transmissão.

O combate à doença envolve ações de vigilância ativa e passiva, testagem gratuita (teste rápido DPP e exame confirmatório ELISA), mutirões, palestras e campanhas educativas.

O tratamento da leishmaniose em cães é permitido desde 2016, com uso de miltefosina e acompanhamento veterinário. No entanto, o custo e o risco de recaídas ainda são desafios. A eutanásia humanitária é oferecida, mas não é compulsória.

A principal mensagem do CCZ é clara: sem a participação da população, nenhuma medida será suficiente. Manter o ambiente limpo é a forma mais eficaz de quebrar o ciclo da doença.

Encontre uma reportagem