sábado, 11 de maio de 2024

Contato

Mais um detento morre na Grande BH; suspeita é de que óbito tenha relação com uso de drogas K

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Mais uma morte de detento do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi registrada, na noite desta sexta-feira (19). Há suspeita de que o óbito tenha relação com o uso de drogas K, como outros ocorridos nos últimos meses (leia mais abaixo)

Elias Martins, de 40 anos, estava internado desde o dia 15 de abril, no Hospital Municipal São Judas Tadeu. O g1 teve acesso a um relatório médico que diz que o paciente foi admitido no pronto-socorro com histórico de “ingestão de entorpecentes (droga popularmente conhecida como K9)”. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que a direção do presídio vai abrir um procedimento interno para apurar as circunstâncias que levaram à internação do custodiado. Segundo a pasta, por enquanto, não é possível precisar a causa da morte. 

Elias estava no Presídio Antônio Dutra Ladeira desde 27 de janeiro de 2024. Segundo a Sejusp, “todos os procedimentos foram realizados para assegurar pronto atendimento ao detento”. 

O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico-legal para a realização de exames. 

Neste mês, sete pessoas que cumpriam pena no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, também em Ribeirão das Neves, morreram em dez dias. 

Outros seis detentos do Presídio Antônio Dutra Ladeira morreram entre dezembro de 2023 e março de 2024. Há suspeita de que os óbitos tenham sido causados por overdose de drogas K – segundo a Sejusp, “em nenhuma das ocorrências os presos apresentavam lesões aparentes”. 

Nesta semana, dois diretores do Presídio Inspetor José Martinho Drumond foram exonerados, mas, de acordo com a pasta, a medida “não está relacionada a qualquer fato ocorrido” na unidade. 

Desde janeiro de 2023, a Polícia Penal de Minas Gerais apreendeu aproximadamente 19 mil micropontos de drogas K com pessoas que tentavam entrar em unidades prisionais do estado. 

Em nota, a Sejusp afirmou que trabalha com capacitações de policiais penais e que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais tem cães treinados para identificar drogas sintéticas do grupo K. 

Disse também que as unidades prisionais estão dotadas de equipamentos de segurança que contribuem para o monitoramento e que iniciou uma campanha interna “sobre os malefícios do consumo de álcool e drogas”. 

“A tentativa de entrada de substâncias ilícitas nas unidades prisionais de Minas Gerais, incluindo as novas drogas, como a K4, é coibida diariamente por meio da atuação de policiais penais, seja por meio de ações ostensivas no entorno das unidades, seja por meio do trabalho de Inteligência das equipes ou por meio da expertise dos profissionais que trabalham no recebimento de itens enviados por familiares e revistas de visitantes”, detalhou a pasta.

Consumo de drogas K assusta presídios na Grande Belo Horizonte 

Segundo especialistas, essas substâncias, desenvolvidas em laboratório, causam dependência, atingem diversas regiões do corpo, têm potencial para aumentar a depressão e podem gerar:

Fonte: Globo Minas.

Encontre uma reportagem

Aprimoramos sua experiência de navegação em nosso site por meio do uso de cookies e outras tecnologias, em conformidade com a Política de Privacidade.