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Médicos alertam para uso indiscriminado de remédio controlado que trata insônia

Por Dentro De Tudo:

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Um remédio controlado, que trata insônia, está ganhando fama nas redes sociais: é o zolpidem. O uso indiscriminado – e sem orientação médica – é um risco à saúde. Pacientes relataram até alucinações depois de tomar a medicação. 

Médicos indicam o zolpidem para alguns casos de insônia, e a bula é clara: o remédio não deve ser usado por mais de quatro semanas.

“Ele é um hipnótico direto. Por exemplo, se eu tomo um medicamento que tem uma ação sedativa, eu vou sentindo a entrada do sono, aquele estímulo, eu vou bocejando, eu vou sentindo que eu estou entrando no sono”, explica Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono e professora da Unifesp.

Com o zolpidem é diferente. O indutor de sono age em receptores específicos dos neurônios que fazem com que o cérebro apague de maneira rápida e de repente. É como se a gente se desligasse. 

Por isso é que os médicos alertam que é tão importante se deitar imediatamente após tomar o remédio. Ficar mexendo no celular, ir ao banheiro, à cozinha já sob o efeito do zolpidem pode ter sérias consequências. 

“É como se eu tivesse acordado e, ao mesmo tempo, dormindo. Esse estado é muito semelhante ao sonambulismo”, diz Dalva Poyares. 

O estudante Pedro Henrique, de 22 anos, conta que, após tomar o zolpidem, decidiu que ia viajar… literalmente. Ele comprou dois pacotes de viagens para Buenos Aires que totalizaram R$ 9 mil.

“Tive uma alucinação. Acreditei que minha avó era rainha de Genóvia e que ela estava me esperando em Buenos Aires”, conta.

Fonte: Globo/Fantástico.

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