segunda-feira, 6 de maio de 2024

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Mulher acusa médica de racismo em Ribeirão das Neves

Por Dentro De Tudo:

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Uma médica da UPA de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi acusada de injúria racial. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima é um homem, de 54 anos, que recebeu atendimento no local. O caso foi registrado nesta segunda-feira (20). 

A filha do paciente chamou a polícia. Segundo o registro policial, a mulher contou que a médica sugeriu que o pai dela deveria receber “chibatadas” por não tomar a medicação da forma correta. Ainda conforme a mulher, a funcionária teria dito que o problema de hipertensão do paciente está relacionado com a cor da pele dele.

“Tá vendo? Você tem é uma escrava! Você merece tomar umas chibatadas na cara”, teria dito a médica. A frase foi registrada no boletim de ocorrência, a partir do relato da filha da vítima.

A mulher ainda contou que a profissional fez o comentário depois do homem admitir que a companheira separava a medicação para ele, mas que, ainda assim, ele se esquecia de tomar no horário marcado. 

A filha do paciente ainda contou que a profissional esfregava a mão várias vezes no braço e, durante a consulta, chamava a atenção pelo fato da pele dela ser branca, enquanto a do paciente era negra.

O paciente confirmou a versão da filha e afirmou que, em dado momento, a médica o chamou de irresponsável por ser negro. 

“O senhor é negro e é um irresponsável. Um irresponsável. Você viu quanto estava a sua pressão quando você chegou aqui?”, teria dito a médica, a partir do relato do paciente à PM.

A médica negou. Conforme o documento da PM, a servidora da UPA de Ribeirão das Neves abordou pai e filha para explicar o quadro clínico do paciente. Explicou que o homem não estava tomando a medicação da maneira correta. 

A profissional contou aos militares, ainda, que “de maneira científica e técnica”, explicou ao paciente que deveria tomar mais cuidado com os limites da pressão arterial pelo fato de ser negro. 

A médica afirmou ainda que sofreu ameaças de agressão por parte da filha do paciente e interrompeu a consulta, se dirigindo a um local seguro. Contou aos policiais que a acompanhante gravou imagens e áudios dela, sem autorização. E que, ainda, teria insuflado outros pacientes contra ela, acusando-a de racismo

Os militares levaram os envolvidos para registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência. 

Fonte: Globo Minas.

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