O avanço da inteligência artificial (IA) tem transformado não apenas o mercado de trabalho, mas também a forma como as profissões são concebidas. Com a automação de tarefas e o surgimento de novas tecnologias, muitos cursos universitários que antes pareciam sólidos, agora enfrentam desafios. A IA já está modificando a forma como os profissionais do futuro devem se preparar para o mercado de trabalho.
Profissões ligadas a áreas como contabilidade, tradução e interpretação sem especialização, e jornalismo tradicional são algumas das mais afetadas. Processos contábeis complexos, como cálculos de impostos e auditorias, estão sendo automatizados por softwares que realizam essas funções com mais precisão e rapidez. A tradução, por sua vez, tem sido impactada por ferramentas de tradução automática, que já alcançam uma boa precisão, principalmente em traduções técnicas e simples. Já o jornalismo, que por muitos anos foi a base de produção de conteúdos, também vê seu espaço reduzido. A criação automática de textos e a geração de conteúdo por IA têm substituído trabalhos que exigem relatórios e resumos de notícias, especialmente aqueles baseados em informações padronizadas.
Contudo, a IA não pode substituir qualidades humanas como o pensamento crítico, a pesquisa de campo e a capacidade de interação direta com as pessoas. Mesmo com a automação, profissionais que mantêm uma abordagem mais dinâmica, criativa e humana tendem a se destacar. A evolução do mercado de trabalho exige, portanto, uma adaptação das profissões, onde as habilidades técnicas e a capacidade de agregar valor genuíno à sociedade são mais valorizadas.
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Fonte: La Nacion