Três pessoas foram presas preventivamente em Betim, na Grande BH, e em Lagoa da Prata, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, nesta quarta-feira (10), suspeitas de integrar uma associação criminosa que fraudava cofres da União. Segundo a Polícia Federal (PF), o prejuízo foi de mais de R$ 12,3 milhões.
A “Operação Velho Conhecido” cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e também de sequestro de bens e valores, em contas bancárias, poupanças e investimentos pertencentes aos suspeitos.
A ação foi feita conjuntamente com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência (CGTIN).
De acordo com a PF, o bando criava pessoas fictícias e falsificava certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência com o objetivo de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Investigações permitiram a identificação, por meio de laudos periciais papiloscópicos, de pessoas inexistentes que tiveram vantagens ilícitas previdenciárias.
O grupo também se apropriava de benefícios previdenciários regularmente concedidos, após a morte de segurados. As fraudes envolveram a concessão de diversas modalidades de benefícios previdenciários, a maioria de amparo ao idoso de baixa renda.
A PF informou que os investigados serão autuados pela prática dos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa, cujas as penas variam de dois anos e quatro meses a nove anos e sete meses de prisão.
Com a descoberta das fraudes, segundo a PF, o prejuízo evitado supera os R$ 4 milhões.
‘Velho Conhecido’
O nome da operação faz uma alusão a um antigo estelionatário previdenciário que foi preso nesta quarta-feira juntamente com mais dois suspeitos. Outros dois continuam foragidos, sendo um deles estudante de medicina que utilizava recursos desviados da União para custear a faculdade.
Fonte: Globo minas.